Ele é só uma sementinha e mede poucos centímetros, mas já precisa de uma série de nutrientes que serão determinantes na sua formação. Desde as primeiras semanas de gravidez, a alimentação da mãe pode fazer a diferença para o desenvolvimento de um bebê saudável.
— Mesmo antes de engravidar, a mulher pode procurar um nutricionista para aconselhá-la numa dieta adequada. É importante procurar um médico, pois o uso do ácido fólico, por exemplo, já pode começar nesse período de planejamento — ensina a nutricionista Roseli Costa, responsável pelo atendimento pré-natal do Instituto Fernandes Figueira.
Roseli explica que todo alimento ingerido pela mãe chega ao bebê:
— As escolhas são muito importantes e a responsabilidade pela saúde dos dois é da mulher, que precisa fazer o melhor para gerar uma criança saudável.
A tentação é grande, mas deixar a dieta de lado e se render aos prazeres da gula pode ser um perigo tanto para a gestante quanto para o bebê. São os suplementos e os nutrientes ingeridos na alimentação que poderão reduzir os riscos de malformações e déficit no desenvolvimento.
— A ideia de que mulher grávida deve comer por dois já está ultrapassada. Ela precisa comer duas vezes melhor, o que não significa dobrar a quantidade — diz o médico nutrólogo José Alexandre Portinho, da Associação Brasileira de Nutrologia.
A nutricionista Roseli Costa, do Instituto Fernandes Figueira, alerta para o grande vilão da gravidez:
— Quando a mãe consome muita gordura trans, ou gordura hidrogenada vegetal, ela impede a produção de ácidos graxos essenciais para ela e para o bebê. Isso causa problemas no crescimento, no desenvolvimento do cérebro e aumenta os riscos de problemas cardiovasculares no futuro — diz Roseli.
Portinho explica que, se o objetivo é garantir a saúde do bebê, a alimentação é o caminho.
— Manter-se bem nutrida é fácil, basta escolher os alimentos balanceados e que satisfaçam todas as exigências nutricionais, como vitaminas, proteínas, gorduras e sais minerais — garante ele.
Confira a lista dos nutrientes:
Ácido fólico: evita malformações genéticas no bebê, partos prematuros e baixo ganho de peso. É encontrado no fígado, vegetais de folhas verdes, feijões e gérmen de trigo.
Ferro: Previne e tratar a anemia da mãe e do bebê. É encontrado no fígado, carnes vermelhas e vegetais.
Vitamina A: é importante para o crescimento e para a formação dos olhos. Suas fontes são as frutas e legumes de cor amarela e laranja, além dos vegetais de folhas verde- escura.
Vitamina B1: responsável pela produção de energia, também auxilia no metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. Importante na formação do cérebro. É encontrada em carnes magras, fígado, coração, gema de ovo, castanhas, ervilha, soja, feijão-branco, lentilha e pão integral.
Vitamina B2: é importante para a formação do tecido muscular e do feto como um todo. Presente no leite e seus derivados, fígado, vegetais com folhas verdes, cereais e pães integrais.
Vitamina B6: ajuda a desenvolver o sistema nervoso central. É encontrada em carnes, ovos, vegetais com folhas verdes, cereais integrais.
Vitamina B12: ajuda na formação do sangue. A deficiência causa anemia e alterações neurológicas. Principais fontes são fígado, ovos, leite e derivados.
Vitamina C: combate infecções, age no sistema imunológico e na reparação celular. A deficiência provoca várias doenças e causa risco de aborto. É encontrada nas frutas cítricas, como laranja, limão, acerola e morango. Também está presente nas folhas de vegetais crus, brócolis, repolho e espinafre.Vitamina D: auxilia na formação dos ossos do bebê e aumenta a absorção de cálcio e fósforo. A falta no organismo pode provocar bebês de baixo peso ou raquitismo. As principais fontes são óleo de fígado de peixe, e peixes em geral.
Vitamina E: ajuda a proteger as células do feto dos radicais livres. A falta pode causar disfunções neurológicas, anemia nos bebês e até rico de eclampsia. Está presente no germe de trigo, amêndoas, avelãs e óleos vegetais.
Cálcio: importante para a formação dos ossos e dos dentes. Atua no crescimento do bebê e na função cardíaca. Principais fontes são o leite e seus derivados, carnes, ovos, vegetais, amêndoas e semente de gergelim.
Zinco: é essencial na defesa imunológica e na cicatrização e a falta causa risco de mortalidade materno-fetal, aborto, malformações, baixo peso do bebê, prematuridade e trabalho de parto prolongado. Principais fontes: carnes bovinas, frango, peixe, camarão, ostra, fígado, grãos integrais, cereais, legumes e tubérculos.
Ômega-3: importante para o desenvolvimento cerebral e para a formação da retina. Encontrada em peixes de carne escura como salmão, atum, cavaquinha, truta, sardinha e tilápia.
(Jornal Extra Online)
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